Cuiabá levanta sua voz contra a PEC da Blindagem: mobilização local com participação da ADUNEMAT integra onda nacional de protestos


Na manhã deste domingo (21), Cuiabá se somou à onda nacional de mobilizações contra a PEC da Blindagem e contra o PL da Anistia. O bairro CPA 2 foi palco de um ato expressico, reunindo trabalhadoras, trabalhadores, estudantes, sindicatos, partidos de esquerda e movimentos sociais. Com faixas, cartazes e palavras de ordem, a manifestação denunciou a tentativa do Congresso Nacional de blindar parlamentares contra a Justiça e de anistiar os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.
A concentração ocorreu na feira do CPA, de onde cerca de 500 pessoas partiram em caminhada pelas ruas do bairro, segundo estimativas da imprensa. Além de repudiar a PEC 3/2021, a mobilização pautou questões centrais para a classe trabalhadora: a luta contra a impunidade, a defesa de um sistema tributário mais justo e melhores condições de trabalho.






A chamada “PEC da Blindagem” é vista por sindicatos e especialistas como um retrocesso grave: se aprovada, parlamentares só poderão ser investigados com autorização do próprio Congresso, o que abre espaço para o aumento da corrupção e para o uso indevido das emendas parlamentares.
A ADUNEMAT esteve presente no ato, reafirmando sua posição de enfrentamento a retrocessos democráticos. A presidenta do sindicato, professora Luciene Neves, destacou:
“A Câmara dos Deputados tem priorizado os ricos e as elites, enquanto ignora reivindicações urgentes da classe trabalhadora, como a isenção do imposto de renda para quem ganha menos e o fim da escala 6×1, que tira a qualidade de vida das pessoas que sustentam este país.”

A fala de Luciene sintetizou o espírito da mobilização, que ecoava nos cartazes carregados pelos manifestantes: “não à pec da blindagem” e “anistia não”.






Além da ADUNEMAT, outras entidades sindicais locais, movimentos populares e coletivos estudantis reforçaram a mobilização. Em todo o Brasil, as ruas também se encheram de resistência: em Brasília, manifestantes marcharam até o Congresso; em São Paulo, a Avenida Paulista foi tomada por um grande protesto; em Salvador, Belo Horizonte, Recife e Manaus, milhares de pessoas ergueram a voz contra a blindagem e a anistia.
A mobilização deste domingo deixa claro que a paciência do povo brasileiro se esgota diante de uma agenda legislativa que serve a uma minoria privilegiada, em detrimento da maioria que trabalha e sustenta o país. Para a ADUNEMAT, este é o momento de intensificar a luta, organizar a categoria docente, unir forças com os demais setores populares e exigir que a democracia e a representatividade sejam exercidas na prática — e não distorcidas em nome da impunidade parlamentar.
Assessoria ADUNEMAT
Fotos: ADUNEMAT