Movimento sindical de MT convoca a sociedade contra a Reforma Administrativa e defende modernização com valorização do serviço público


Cuiabá – MT, 28 de outubro de 2025
O movimento sindical de Mato Grosso divulgou uma nota pública reafirmando que não é contrário a mudanças no Estado, mas rejeita propostas de Reforma Administrativa que retiram direitos, precarizam relações de trabalho, enfraquecem carreiras e abrem caminho para privatizações e terceirizações indiscriminadas. As entidades defendem uma modernização que valorize os servidores e melhore a qualidade do atendimento à população, com concursos regulares, política salarial permanente, reestruturação de carreiras e condições dignas de trabalho.
A posição foi apresentada às vésperas da Jornada de Lutas do Serviço Público, marcada para 29 de outubro, em Brasília, mobilização que reunirá trabalhadoras e trabalhadores de diversas áreas para barrar retrocessos e cobrar diálogo efetivo do poder público.
“Modernização de verdade se faz com gente, carreira e serviço de qualidade. Sem concursos, sem política salarial e sem condições de trabalho, o que se produz é o desmonte do Estado e a piora do atendimento à população”, afirma a direção do Sintep-MT. “Não aceitaremos que uma falsa narrativa de eficiência sirva para atacar direitos, reduzir a estabilidade e ampliar contratações precárias”, reforça a coordenação da CUT-MT.
Segundo as entidades, propostas de austeridade permanente e redução do Estado penalizam justamente as áreas que atendem a população na ponta — educação, saúde, assistência social, segurança, ciência e tecnologia. “Eficiência não é cortar pessoas nem substituir políticas de Estado por soluções de curto prazo baseadas em terceirização. Eficiência é garantir planejamento, transparência, impessoalidade e capacidade de resposta com equipes qualificadas e valorizadas”, destacam.
As organizações elencam pilares para uma reforma responsável e orientada ao interesse público:
- Concursos públicos periódicos e planejamento de força de trabalho por área e território.
- Política salarial permanente com recomposição inflacionária e mesas de negociação coletiva.
- Carreiras estruturadas, com progressão transparente, formação continuada e avaliação pactuada, não punitivista.
- Investimentos em tecnologia e inovação a serviço do cidadão, sem substituir servidor por soluções improvisadas.
- Fortalecimento da gestão com participação social, controle interno e externo, integridade e combate a privilégios no topo.
- Financiamento estável e suficiente das políticas públicas,
Assegurando previsibilidade e qualidade no atendimento.
As entidades ressaltam que qualquer transformação séria do Estado precisa de diálogo amplo com servidores, usuários do serviço público, gestores, universidades e sociedade civil, além de estudos de impacto e transições responsáveis, em consonância com os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Jornada de Lutas – 29 de outubro, em Brasília
O movimento conclama a classe trabalhadora, movimentos sociais, juventude e comunidade acadêmica a se somarem à Jornada de Lutas do Serviço Público, em 29 de outubro, em Brasília. O objetivo é pressionar por uma agenda de modernização que entregue resultados à população, preservando direitos e fortalecendo as instituições.
Assinam este Manifesto:
- SINTEP- MT- Sindicato dos Trabalhadores no Ensino público de Mato Grosso
- CUT-MT – Central Única dos Trabalhadores.
- FESSP/MT- Federação dos Servidores Públicos de Mato Grosso
- SINDSEP-MT- Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso
- ADUNEMAT- Associação dos Docentes da Unemat
- SEEM-MT- Sindicato dos Bancários de Mato Grosso
LEIA A ÍNTEGRA DO MANIFESTO AQUI: https://adunemat.com.br/2025/10/28/manifesto-unificado-dos-servidores-publicos-de-mato-grosso/






